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SISTEMAS DIVINATÓRIOS E ASTROLOGIA – CONTRASTE OCIDENTE E ORIENTE

As questões que me vão sendo colocadas regularmente fazem-me pensar que, o desconhecimento a respeito dos sistemas divinatórios chineses, é muito maior do que estimava. Neste sentido, resolvi criar este breve artigo no sentido de procurar esclarecer algumas dúvidas.


Em grande medida os sistemas astrológicos ocidentais baseiam-se no calendário solar e na determinação de aspetos referentes à personalidade do individuo em questão, nomeadamente, na criação do mapa astral.


Por sua vez, os sistemas astrológicos chineses têm por base a cosmologia, além do sistema solar e, na maioria das vezes, recorrendo ao calendário lunar. Os sistemas são tantos e de aprendizagem tão complexa que a astrologia ocidental ao lado da oriental é um jogo de tabuleiro.


Por outro lado, a astrologia chinesa não tem como propósito estruturante indagar sobre a personalidade do individuo. Esta, na verdade, procura estudar os ciclos energéticos favoráveis e desfavoráveis de um individuo ao longo dos seus diversos ciclos de e na sua vida.


Destas metodologias podemos encontrar a astrologia Ba Zi, Zi Wei Dou Shu, Qi Men Dun Jia, Da Liu Ren, Tie Ban Shen Shu, Jiu Gong Ming Li, entre tantos outros.


Noutra perspetiva temos os sistemas divinatórios oraculares. No ocidente estes são espelhados pelo Tarot, Runas, Lenormand e outros sistemas com base em oráculos de consulta.


No oriente estes oráculos são igualmente existentes e trabalhados com grande relevância, como é o caso do complexo I Ching, Ling Chi Ching, Shen Shu e derivações do sistema I Ching, como sejam o Wen Wang Gua, Mei Hua Yi Shu.


Afinal o que distingue estes últimos sistemas oraculares dos ocidentais?

  1. a) A sua enorme correção técnica e factual;

  2. b) O gigantesco protocolo de aprendizagem e dedicação que, por exemplo, no caso do I Ching será no mínimo de 8 a 10 anos;

  3. c) A ausência de manipulação e intuição do consultor, uma vez que o sistema conta com regras matemáticas e possui textos de interpretação estabelecidos e não criados em função da flexibilidade interpretativa.

O Feng Shui (lê-se fong shuei) tem algo que ver com sistemas divinatórios?

Não. Encontram-se por aí inúmeros “especialistas” de “astrologia feng shui”. Não existe semelhante coisa. O Feng Shui é uma arte de estudo, compreensão e consequente harmonização de espaços físicos. Possui bases, como todo o pensamento chinês, que incluem dimensão metafísica e astrológica, porém, não tem essa função.

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