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SEJA COMO A ÁGUA (1ª parte)

Muito daquilo que é conhecido como filosofia taoista ou, pelo menos, em grande medida a sua base, se centra na observação e interpretação da natureza, particularmente, adaptando metaforicamente esses ensinamentos ao cotidiano das pessoas.


E é tudo isso que a filosofia taoista é e deverá ser. Meditar, analisando os ensinamentos do Tao, nas suas mais diversas e puras manifestações, ajustando essa mensagem à nossa vivência.


O exemplo da água.


A água escolhe sempre o caminho mais fácil. Ao contrário de uma interpretação relacionada com os flagelos naturais, a água não luta contra coisa alguma, seguindo simplesmente a sua rota.


A água escolhe o caminho mais fácil. Reparem como isso é tudo o que nós humanos não fazemos. Na nossa vida (e em sociedade) somos levados a valorizar a complexidade, o que resulta do exercício das palavras, das complexas jogadas e artimanhas mentais. A água isenta-se disso.


Porém, seguir o caminho mais fácil não é sinónimo de seguir o caminho mais curto. O ego, os objetivos definidos e a personalidade conduzem-nos, não raras vezes, à angústia do passado e à ansiedade do futuro. Não vivemos o presente. A água não tem ego ou pressa, ela faz o que tem que fazer, ela segue pelo caminho mais fácil, aquele de menor esforço e não aquele mais curto.


Assim, aprendemos com a água que o confronto nada traz. A água não discute com os obstáculos, contorna-os. A água possui uma tolerância infinita, não dando importância a detalhes que lhe condicionam o caminho e a incidentes de menor importância. A água é uma realidade tolerante e paciente.


Sejamos como a água.

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